sexta-feira, 14 de março de 2014

Noite oficial dos Ovinis no Brasil

Creditos: http://misteriosdomundo.com/






      Em 19 de maio de 1986, o Brasil vivenciou o que pode ter sido um dos maiores casos ufológicos em todo o mundo. Muitos anos se passaram desde aquele misterioso episódio, e ninguém consegue dar explicações muito plausíveis até hoje. Os militares registraram tudo em vídeo. As naves foram detectadas e registradas em mais de 50 radares. O evento fez com que autoridades declarassem pela primeira vez na TV uma invasão de OVNIs no espaço aéreo brasileiro.
“Estava próximo do alvo, me posicionei a mais ou menos seis milhas dele, o que ainda é distante para uma análise precisa, ainda mais de noite. O alvo começou a subir e eu comecei a subir junto com ele. Segui-o até cerca de 30 mil pés e fiquei apenas com o contato visual. E naquele momento, aquela luz forte já se juntava às luzes das estrelas.”
Este é o depoimento de um dos pilotos da FAB (Força Aérea Brasileira) cujo objetivo era interceptar contatos não-identificados que invadiram nosso espaço aéreo naquele dia.
O caso se iniciou por volta das 19h, quando o Coronel Aviador Ozires Silva comandava um de seus últimos voos na Embraer. Após duas horas de voo a bordo de um turboélice Xingu, próximo a cidade de Poços de Caldas, o Coronel e se co-piloto Alcir Pereira ficaram surpresos com o questionamento do CINDACTA I. O controlador da unidade perguntava sobre um possível contato visual com três objetos não identificados, que apareciam no radar.
Os pilotos não havia visto nada e então se aproximaram de São José dos Campos. Aí, um pouco mais tarde, avistaram um objeto com aparência semelhante à um astro, com luz amarelada bastante forte e fixa no espaço. Resolveram se aproximar do objetivo, mas ele havia desaparecido rapidamente.
Os pilotos voaram para leste, cruzando o Aeródromo de São José, em perseguição à um outro objeto. À 600 metros abaixo, os pilotos viram uma nova luminosidade, semelhante à uma lâmpada fluorescente. O controlador dificilmente teria visto esse objeto em seu radar, já que estavam voando baixo e próximo à antena do radar de Sorocaba.
Isso foi apenas o começo do que seria uma longa noite para os pilotos envolvidos. Cinco caças da FAB foram acionados para a identificação dos misteriosos objetos.
Ovnis no Brasil
Aquilo que estava sendo visto na tela dos controladores não eram aviões nem nuvens. Os pontos não estavam nas configurações dos computadores da Controle de Tráfego Aéreo. Vale lembrar que os radares, até então, eram desenvolvidos para detectar alvos de, no mínimo, dois metros quadrados, mas não permitia que o seu operador conseguisse avaliar as suas reais dimensões. O caso foi rapidamente reportado ao CINDACTA I, na capital do país, que então passou a informação para o CODA (Centro de Operações de Defesa Aeroespacial).
Às 21h20, o Major Aviador Ney Antunes Cerqueira, chefe do CODA, chegou ao COPM (Centro de Operações Militares). Ele imediatamente acionou o avião de alerta da Base Aérea de Santa Cruz, no RJ, para que interceptasse rapidamente o objeto voador não-identificado. O piloto encarregado dessa tarefa era o Tenente Aviador Kleber Marinho e seu avião decolou às 22h10m. Enquanto isso, outro objeto foi detectado próximo à Anápolis, em Goiás, o que fez com que os pilotos daquela cidade também fossem acionados. O primeiro a decolar foi o F-103 Mirage, sob o comando do Capitão Aviador Rodolfo da Silva Souza. Outros aviões também foram acionados em seguida. Os pilotos receberam a ordem de interceptá-los sem uma postura agressiva. Os aviões decolariam armados com canhões, sem a intenção de serem usados. No total, cinco aeronaves decolaram para tentar a interceptação.
Todos os equipamentos de bordo, como radares e luzes de navegação foram desligados. A decolagem ocorreu sem nenhum transtorno. Apenas o rádio de comunicação estava ligado, segundo o Tenente Kleber. Era impossível saber a que altura os objetos voavam, pois estes não possuíam equipamentos que transmitisse qualquer onda eletromagnética. O único modo de achá-los era visualmente, e estava difícil. O tenente Kleber fez curvas e voou em diversas alturas. Fazendo uma varredura visual, o piloto avistou uma luz muito forte que se realçava em relação a todas as luzes do litoral. Essa luz estava mais baixa que o avião. Ela se deslocava para da direita para a esquerda. Os radares não emitiram nenhum sinal de que aquilo era uma aeronave. A luz de deslocava na rota de interceptação, um pouco mais baixo que a aeronave. O piloto começou a descer, indo diretamente para o alvo.
O piloto achou que estivesse vendo uma ilusão de ótica causada pela visão noturna, através da luz dentro d’água ou um navio com um holofote. Então o Tenente ligou o rádio, sem instrução.
        A aproximadamente 10 milhas, um objeto apareceu na tela, o que confirmava a presença de algo sólido na frente da aeronave. O objeto coincidia com a luz avistada. Nos radares que equipavam os caças da época, o tamanho do plote varia de acordo com o tamanho do contato. O radar indicava um objeto de cerca de 1 cm, o que significa algo na envergadura de um Boeing 747.
O Tenente Kleber ativou a pós-combustão do F-5 e atingiu uma velocidade supersônica, indo em direção aquele luz no horizonte.
Era a primeira vez que autoridades do governo divulgaram a existência de OVNIs em seu espaço aéreo. Foram detectados naquele noite inúmeros plotes não-identificados e com perfis de voo incomuns.
Céticos levantaram a hipótese de engano, como os pilotos podem ter perseguido reflexos ou o planeta Vênus, mas os objetos ficaram registrados em mais de 50 radares. O tempo estava limpo, sem nuvens e planetas e reflexos não costumam aparecer nos radares.
Falha nos instrumentos? É, será que pode ter dado falha em mais de 50 radares para todos registrarem a mesma coisa? Isso parece ser mais misterioso do que OVNIs trafegando pelo céu brasileiro.